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segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Associação de Estudantes


Estive aqui a pensar, como sempre, num assunto curioso. As associações de Estudantes. Este ano, pela primeira vez, faço parte de uma Lista candidata à Associação e por tal facto, estive a pensar nisso mesmo. Tenho um tio, o Orlando para quem conhece, que desde sempre me falou com fascínio dos seus tempos de estudante e de quando fazia, orgulhosamente, parte de uma Lista.
Se olharmos para a importância que as Associações têm neste tempo.. É nenhuma. Eu pergunto porquê.

sábado, 25 de novembro de 2006

O Preferido

Dispersão



Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto E hoje, quando me sinto. É com saudades de mim.
Passei pela minha vida Um astro doido a sonhar, Na ânsia de ultrapassar, Nem dei pela minha vida...
Para mim é sempre ontem, Não tenho amanhã nem hoje: O tempo que aos outros foge Cai sobre mim feito ontem.
(O Domingo de Paris Lembra-me o desaparecido Que sentia comovido Os Domingos de Paris:
Porque um domingo é família, É bem-estar, é singeleza, E os que olham a beleza Não têm bem-estar nem família).
Pobre moço das ânsias... Tu, sim, tu eras alguém! E foi por isso também Que me abismastes nas ânsias.
A grande ave doirada Bateu asas para os céus Mas fechou-se saciada Ao ver que ganhava os céus.
Como se chora um amante, Assim me choro a mim mesmo: Eu fui amante inconstante Que se traiu a si mesmo.
Não sinto o espaço que encerro Nem as linhas que protejo: Se me olho a um espelho, erro Não me acho no que projeto.
Regresso dentro de mim Mas nada me fala, nada! Tenho a alma amortalhada, Sequinha dentro de mim.
Não perdi a minha alma, Fiquei com ela, perdida. Assim eu choro, da vida, Eu nunca vi... mas recordo
A sua boca doirada E o seu corpo esmaecido, Em um hálito perdido Que vem na tarde doirada.
(As minhas grandes saudades São do que nunca enlacei. Ai, como eu tenho saudades Dos sonhos que sonhei!... )
E sinto que a minha morte — Minha dispersão total — Existe lá longe, ao norte, Numa grande capital.
Vejo o meu último dia Pintado em rolos de fumo, E todo azul-de-agonia Em sombra e além me sumo.
Ternura feita saudade, Eu beijo as minhas mãos brancas... Sou amor e piedade Em face dessas mãos brancas. . .
Tristes mãos longas e lindas Que eram feitas pra se dar Ninguém mas quis apertar Tristes mãos longas e lindas
Eu tenho pena de mim, Pobre menino ideal... Que me faltou afinal? Um elo? Um rastro?... Ai de mim!
Desceu-me nalma o crepúsculo; Eu fui alguém que passou. Serei, mas já não me sou; Não vivo, durmo o crepúsculo.
Álcool dum sono outonal Me penetrou vagamente A difundir-me dormente Em, uma bruma outonal.
Perdi a morte e a vida, E, louco, não enlouqueço... A hora foge vivida Eu sigo-a, mas permaneço ...
............................................... Castelos desmantelados, Leões alados sem juba... ..............................................

A Noite


Escuro e silêncio. A melhor das combinações. À noite, para mim, tudo é diferente. Até a cidade - as luzinhas fazem dela um encanto. Se me perguntarem o que é para mim o escuro? Ausência de noção da realidade. Silêncio? O olhar do som. Sinto o vazio com as mãos. Cheiro? A solidão. Mas acima de tudo, paladar a ambição.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Mera Observação


Hoje acordei e observei. Observei tanto que senti os olhos cansados.Pensei que tinha percebido a vida e o que é viver!Mas a seta foi bater ao alvo errado...Percebi que vivemos com medo, que respiramos a temer.Andamos por cá, resginamo-nos, fazemos os nossos fados.


Hoje acordei e observei. Observei pessoas, relações, maneiras de estar.Pensei que tinha percebido o que é conviver!Mas a minha opinião era uma voz muda que foi proíbida de se manifestar...Percebi que nos submetemos ao "eu mandei-te fazer".Andamos por cá, obedecemos, respiramos por respirar.


Hoje acordei e observei. Observei o que sou e o que faço de mim.Pensei que tinha percebido quem sou e os meus objectivos!Mas belisquei-me, reflecti e entendi que sem luta não haverá um fim...Percebi que eu não faço a diferença no meio de tanta corrupção e de tantos perdidos.Andamos por cá, desenrolamos ideais mas não fazemos vingar pensamentos fluídos!


E foi assim que me encontrei, quando sozinha me deixei a pensar...Percebi que pensando encontro a calma que preciso.Desejei e desejo sempre que a luta ganhe soldados para podermos travar a guerra.Mas será que os soldados estão dispostos a aprender para se poder ganhar?
...
Sou só eu e o meu juízo.


Rita - 2004

O futebol...


É o ópio do povo.
P.S: O meu pai está estranhamente parecido com uma pessoa nossa conhecida..

Recordação


Achei por bem deixar aqui uma fotografia aquando da minha visita ao Forte de Peniche.. Isto sou eu a rezar sob o olhar atento de António de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano..

Bons passeios, bons passeios!

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

MUM


Always and forever

I'm sitting here I'm thinking back to a time when i was young

My memory is clear as a day

I'm listening to the dishes clean You were downstairs you would sing Songs of praise

And all the times we laughed with you

And all the times that you stayed true to us

Now we say

I said I thank youI'll always thank you

More than you could know

Than i could ever show

And I love youI'll always love you

There's nothing i won't do to say these words to yo

uThat you're beautiful forever!

You were my mom you were my dad

The only thing i ever had was you it's tru e

And even when the times got hard you were there to le tUs know that we'd get through

You showed me how to be a girl You taught me how to understand the things people do

You showed me how to love my god

You taught me that not everyone knows the truth

And i thank youI'll always thank you

More than you could know Than i could ever show

And i love youI'll always love you

There's nothing i won't do to say these words to you

That you will live forever

Always

Escolha

A decisão da Escolha

Depois de mais uma aulinha de Projecto, cá estou eu para analisar todos os aspectos discutidos, segundo o meu ponto de vista. O trabalho da minha turma consiste na discussão dos valores presentes na Geração de 90 e os benefícios e desvantagens dos mesmos.
Os Mass Media, tantas vezes utilizados para culpabilizar a descrença de valores essenciais, não têm esse peso de culpa que lhes é constantemente dirigido. Ora vejamos: as queixas dos adolescentes baseiam-se em programas como Morangos com Açúcar ou Floribella, O Preço Certo, Fiel ou Infiel, Programas da Manhã e afins. A nossa Geração é exageradamente comparada a anteriores, em termos de mentalidade, o que no meu ponto de vista, não se justifica. Sabemos que na Geração anterior à nossa, a de 80, existiam marcas próprias, como optar por ouvir bandas de música com propósitos e mensagens culturais, usar um estilo de roupa para marcar um ideal, assumir atitudes de irreverência, investimentos na cultura, etc. No entanto, a comparação entre uma geração e outra não podem ser feita de maneira exacta. Se é verdade que as bandas de música tinham um propósito cultural, também é verdade que essas bandas não eram, com toda a certeza, destinadas a público infanto-juvenil ; se é verdade que a indumentária caracterizava um determinado ideal, também é verdade que crianças dos 6 aos 12 anos não eram vistas a vesti-las ; se é verdade que existem bons programas com fundos pedagógicos, também é verdade que existia muito lixo comercial, e por aí fora. A nossa televisão nacional está cheia de programas sem nenhum conteúdo educativo, mas não nos podemos esquecer, que na era em que vivemos, existem OPÇÕES. Enquanto os canais nacionais exibem Morangos com Açúcar ou Floribella, porque é que não optamos por ver a programação, por exemplo, da tvcabo? Discovery Channel, Discovery Civilization, Canal História, Discovery Science, Odisseia, etc. emitem grelhas com fins realmente educativos. O problema, meus amigos, não podem ser inteiramente do que a tv nos vende ; isto porque podemos escolher o que consumir! Há também a opção de não ver televisão e desligá-la, simplesmente. Noutro campo dos Mass Media, temos a literatura. Se é verdade que as papelarias estão cheias de Marias, Joanas, Telenovelas, Gentes, Caras (ou trombas às vezes), também é verdade que National Geographic, Sábado, Super-Interessante, Expresso, etc. também lá estão. É tudo uma questão de escolha! A nossa sociedade transformou-se numa capital individualista de consumismo, bem sabemos, mas para fazer a mudança, para criarmos uma elite, temos de aprender a discernir o certo do errado. Por isso, excelentíssimos pais, não facilitem demasiado no campo educativo. Floribela defende que ser pobre é bonito, ser pobre é ser também feliz… Mas não voltámos ao tempo de Salazar nem do Estado Novo. Morangos com Açúcar transforma muitas crianças porque as incita a imitar o que vêem, pensando que estão a tornar-se melhores ou mais atractivos. Bem poderá confimar-se… Mas queremos nós futuros políticos a defender a ruralidade do país ou o hip hop a dar lugar ao Fado ou ao Folclore?

Não creio.

Obrigada


Num banco de jardim, uma velhinha: está tão só como a sombrinha que é o seu pano de fundo.

Num banco de jardim, uma velha está sozinha. Não há coisa mais triste neste mundo. Apenas faz ternura, não faz pena, não faz dor ; tem no rosto um resto de frescura.

Dos ossos fez as mesas e as cadeiras, as maneiras que a fazem estar sentada sobre o Mundo.

Um banco de jardim, uma velhinha. Nunca mais estará sozinha, o futuro está com ela!

Se essa velhinha fosse a mãe que eu tinha, não havia no Mundo outra mais bela.

Num banco de jardim, uma velhinha. Faz desenhos nas pedrinhas, que afinal são como eu ; em volta do seu banco os malmequeres e as andorinhas, provam que a minha Avó nunca morrerá.


Querida avó Fernanda, bem sei que nunca lerás isto ; também sei que palavras não passam de palavras. Quero, ainda assim, deixar-te aqui este Fado que tanto gosto. Obrigada por teres crescido sempre comigo e principalmente por teres sempre a tua mão debaixo da minha cara antes de eu adormecer. Obrigada por me ensinares a rezar, pendurada na tua varanda, a olhar o Mundo. Obrigada por brincares comigo às peixeiras - eu era bem chata, eu sei. Obrigada por me ires buscar ao Colégio com o avô. Obrigada por dizeres sempre que sou a tua netinha. Obrigada por agora, que o avô está doente, teres coragem para tratar dele, mesmo com os problemas que tu também tens. Obrigada por desabafares comigo quando nem tudo corre bem. Obrigada por teres essa coragem de estares ao lado do meu pombinho , sempre com essa tua força.

Obrigada avó,


Um beijo com todo o amor do MUNDO

DO GRANDE E DO PEQUENO AMOR


Será este mais um post sobre coisa alguma. É um dos meus livos (daqueles bastante lights) preferidos. Um romance fotogáfico de Inês Pedrosa e Jorge Colombo. Foi durante algum tempo um bom exemplo para algo que se passou comigo. E hoje apeteceu me escrever um bocadinho deste livro. Secalhar porque me traz boas recordações, secalhar porque este clima de nostalgia cá em casa me lembra tanta coisa. Talvez...



«Sai. Sai, não ouviste? Nunca mais te quero ver. », disse ela. «Nem eu a ti.Acabou, adeus. Basta.», disse ele.

(...)

"Livre de novo, ele planava sobre a cidade, redescobri-a como terreno ed possibilidades e surpresas, filme de acção sem roteiro pré-definido. Lembrava-se de como ela lhe massajava os ombros, das gargalhadas partilhadas, das noites em claro.

(...)

Ela, entretanto, escondia-se do mundo. Com as cortinas a barricá-la do dia, nem precisava de chorar para sofrer. Antigamente, bastava-lhe pensar. Mas isso fora outrora, noutra vida que agora precisava de reconstruir rapidamente. Acreditava em muitas coisas: presságios, provérbios, profecias, coisas antigas de que ele se ria.

(...)

Ela nunca se deixara embalar pela anarquia das utopias. Gostava de realidades organizadas, datas fixas, referências concretas. Parecia-lhe que o mundo estaria muito melhor se as pessoas consertassem o que encontravam, em vez de deitarem tudo fora para reconstruir de novo. Nas bibliotecas, refugiava-se dos bombardeamentos da existência. O estudo das guerras enchia-a de paz.

(...)

Por mais tratados de paz que se propusessem a assinar, nunca conseguiam ficar juntos mais do que alguns meses. Começavam a estar demasiado descrentes para lutar. Desta vez é mesmo o adeus, dizia ele, dizia ela, ambos sabendo que eram ainda terrivelmente jovens para um adeus definitivo. Mas não tão jovens que não se sentissem cansados desse adeus que não conseguiam cumprir. Nenhum deles aprendera a resistir ao chamamento um do outro. Era omo se os seus nomes respondessem, à revelia dos outros, de cada vez que eram pronunciados pelo outro.

(...)

«Porque é que temos de resolver isto? Talvez este amor, esta coisa nossa, seja uma guerra como essas que tu estudas, infinitas, com o sangue e a paz entremeados. Um livro sem fim, com páginas rasgadas, amachucadas, sublinhadas. E páginas em branco.»

«De qualquer maneira, não fomos feitos para aceitar um amor normal. Até a expressão me arrepia. O amor nunca é normal.»

(...)

Se fossem mais velhos, talvez a ideia do sofrimento inevitável não os assustasse tanto; talvez pudessem encarar com alegria a guerra que lhes estava destinada. Talvez faltasse pouco para aprenderem que a necessidade de uma guerra leva décadas a revelar-se.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

A minha irmã


A minha irmã é a minha MELHOR AMIGA. A minha irmã tomou conta de mim quando eu mal abria os olhos e esteve lá para mim quando eu precisei. A minha irmã é bonita, tanto por fora como por dentro. Tem várias qualidades: é boa pessoa, é honesta, bastante inteligente, humana, esperta, amiga, solidária ; contudo, tem um defeito que eu abomino: não exterioriza os sentimentos. Por isso, querida maninha, conforme aqui te digo AMO-TE, faz isso comigo... e com os que amas.

SONHAR

Andei a rever as minhas recentes compras e deparei me com um livro que transmite uma excelente idéia: "O poder dos Sonhos". Porque não há melhor verdade que a de António Gedeão, "Cada vez que o Homem sonha, o Mundo pula e avança."

Aqui deixo um excerto(zinho) do livro de Luís Sepúlveda:

"(...) Naquele tempo eu era um jovem cheio de sonhos. (...) Alguns desses sonhos eram heróicos, de longo alcance, outros eram menores, porventura mais domésticos, mais humildes, mais chilenos. Um deles consistia em arranjar a cópia de uma chave daquele velho casarão, a da Secção Infantil da Biblioteca Nacional, entrar sub-repticiamente e passar um fim de semana sem mais companhia para além dos livros. (...)
Sonhava que todos aqueles livros aprisionados queriam falar, que esperavam o interlocutor certo, e que esse era eu. Sonhava que os livros me falavam na sua linguagem silenciosa, me mostravam cada uma e todas as palavras impressas nas suas páginas e exigiam de mim uma promessa: a de me transformar no fiel depositário, no zelador, no amoroso protector das palavras. (...) Nunca é fácil ver um sonho realizado. (...)

NOTA: Creio que não há sonho mais belo do que o de que um Mundo onde o pilar fundamental da existência seja a fraternidade, onde as relações humanas sejam sustentadas pela solidariedade, um mundo onde todos compartilhemos da necessidade de justiça social e actuemos com coerência. Os meus sonhos são irrenunciáveis, indomáveis, pertinazes, resistentes e desafiam o horror do pesadelo ditatorial. A defesa desses sonhos tem a ver com o velho debate entre o belo e o horrendo, entre o bem e o mal, no seu sentido mais pleno e intenso. (...)
Step out the front door like a ghost into the fog
Where no one notices the contrast of white on white
And in between the moon and you the angels get a better view
Of the crumbling difference between wrong and right
I walk in the air between the rain through myself and back againWhere?
I dont know
Maria says shes dying through the door
I hear her crying Why? I dont know.

Round here we always stand up straight

Round here something radiates

Maria came from nashville with a suitcase in her
handShe said shed like to meet a boy who looks like elvis
She walks along the edge of where the ocean meets the land
Just like shes walking on a wire in the circus
She parks her car outside of my houseTakes her clothes off
Says shes close to understanding jesus
She knows shes more than just a little misunderstood
She has trouble acting normal when shes nervous

Round here were carving out our names
Round here we all look the same
Round here we talk just like lions
But we sacrifice like lambs
Round here shes slipping through my hands

She says its only in my head
She says shhh I know its only in my head
But the girl on car in the parking lot says man you should try to take a shot
Cant you see my walls are crumbling?
Then she looks up at the building and says shes thinking of jumping
She says shes tired of life she must be tired of something

Counting Crows - Round here

A melhor música de sempre. Não só pela letra que tem, mas pelo significado que eu lhe dou.
Fernando Pessoa e a Actualidade

Para se grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes,
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.


Fernando Pessoa - Ricardo Reis

O poema de Ricardo Reis (heterónimo de Fernando Pessoa) remete-nos a uma filosofia de vida bastante simples e correcta: "Carpe Diem", vive a vida ao máximo, sê autêntico.
Mas como é que isto se relaciona com a actualidade? Simples. Os Morangos com Açucar não podiam ser melhor exemplo para tal. Hoje em dia, constatamos que a juventude - os futuros mentores do País, como em todas as gerações - se preocupa demasiado com entretenimento que nada ensina. A série juvenil da Tvi representa a futilidade que nos tentam incutir: desportos radicais (que em nada contribuirão para um futuro melhor), facilitismo incrivelmente exagerado (tecnologias de fácil alcance, recompensas sem qualquer esforço), amores impossíveis que acabam por ter um final feliz (as crianças, e até mesmo adolescentes, idolatram actores pelo papel que lhes é atribuído), imposição de modas e modos de estar (ser rebelde, por exemplo, tornou-se moda - através dos grafittis, da falta de educação não só no meio escolar, como dentro de casa, desautoridade, etc.).
Existem problemas reais que são superficialmente abordados, como as drogas ou a gravidez na adolescência. Contudo, todos estes problemas são facilmente resolvidos - o que na realidade não sucede.
Agora pergunto-me: e problemas realmente importantes para o NOSSO futuro? As questões ambientais, o facilitismo desmedido, a falta de importância da família, o individualismo, a consciência dos erros e a força de vontade para agir? Chegou o tempo de parar para pensar. Se continuarmos com estes valores (ou "des"valores), como será o nosso futuro? Ou será agora o futuro, coisa do passado?
Como defendeu Ricardo Reis, também eu defendo a AUTENTICIDADE: sê tu próprio, não o que a sociedade te obriga.
Hoje, estava eu calmamente a sair de casa para ir beber o café da manhã (independentemente de serem 10 da manhã ou 3 da tarde) quando dei por mim a carregar no botãozinho do elevador durante 10 minutos. Depois da esperar inútil consegui perceber que... NÃO HAVIA ELEVADOR! Claro está que a minha indignação foi tanta que desci 7 andares a falar sozinha, convencida de que o elevador ia funcionar com a minha raiva. Enganei-me, obviamente...
Chegada ao 1º piso, reparei nuns escritos impressos no elevador: "O posso do elevador está estragado" ; "Os elevadores não funcionão" ou "Arrangeim os elevadores".
Meus amigos, eu pergunto-me: será tamanha ignorância possível? Como é óbvio, não condeno quem não teve direito ao Ensino ou quem dele abdicou por forças maiores ; não posso, contudo, deixar aqui uma crítica a esta ofensa à Língua Portuguesa: eu conheço todos os meus vizinhos e nenhum deles é ignorante ao ponto de exibir tal calúnia (pensei eu).

Resumindo, por favor quando se sentirem indignados e sentirem uma força maior de revolta, consultem especialistas. Para escreverem erros destes, é preferível estarem calados.

Rita e Catarina - Colégio


Desde que me lembro, ando no Colégio Moderno. Lembro-me quando era pequenina e andava na Infantil - obrigavam-me a ter como sobremesa IOGURTES, que eu odiava. Depois da refeição tinha de ir fazer a sesta mas felizmente, tinha uns coleguinhas tão rebeldes como eu que nunca dormiam - " GUERRA DE ALMOFADAAAAAAAAAS" ; mais tarde, dei aquele grande passo para a Primária. Bons velhos tempos, é um facto. A minha professora era a Carla, de quem eu, obviamente, gostava muito. Na Primária tive o infortúnio de sofrer o meu primeiro assédio - os meus estimados colegas, Afonso e André, divertiam-se bastante a apalpar a traseira das colegas. Graças a Deus comigo não fizeram "farinha" porque eu tenho um super-pai que os meteu no eixo (ainda hoje sou gozada por isso). Na Primária escolhi, pela primeira vez, as minhas melhores amigas: eram a Inês e a Maria. Tive o meu primeiro namorado, o Ricardo, que brincava comigo à macaquinha e gostava de saltar à corda. AH! Outro detalhe relevante: tive uma banda! Quer dizer, plagiei uma banda. E eu era, com o maior desgosto, a Victoria (hoje Beckam) das Spice Girls.
Findado o período de ensino na Primária, chegou aquele glorioso dia em que recebi o diploma de finalista da 4ª classe: eu senti-me a maior.
E finalmente, lá estava eu, no 5º ano, a frequentar o Liceu ; a verdade é que os primeiros anos não me estão muito na memória - os últimos quatro (8º, 9º, 10º e 11º) é que são os mais importantes.
8º ano - A minha melhor amiga era a Inês, chegámos ao ponto de ir vestidas de igual para a escola ; conheci o "Puto" e tive o meu tempo de rebelde.
9º ano - Comecei a namorar, um namorado que (MUITO INFELIZMENTE) durou até este ano, ao príncipio do 12º.
10º ano - Conheci a melhor turma de sempre, IV, adoro-vos.
11º - Consolidei amizades e cresci, ganhei um mais exagerado gosto por ler - obrigada, Professor Cortez.
E, em traços muito muito gerais, esta é a história do meu percurso pelo Colégio Moderno. Chegada a este ano, o 12º, sei que vou ter saudades de tudo o que lá passei. Bem sei, como muita boa gente diz, que a entrada na Faculdade vai ser um grande salto, novas amizades, novas responsabilidades ; não posso, no entanto, esquecer aquele Colégio, que durante 14 anos, foi a minha segunda casa.
Basicamente, vou ter saudades de lá estar.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006


Olá. Eu sou a Rita, tenho 17 anos e adoro escrever. Bela introdução, convenhamos. A verdade é que sempre quis criar um Blog mas nunca soube muito bem com que fim. No entanto, após ter "cuscado" inúmeros Blogs de amigos, decidi criar um cujo fim ainda estou por descobrir; como ninguém o vai ler, também não me parece importante este aspecto.~

Saudações,

Ritinha

P.S: A fotografia é a minha preferida (o que não significa, como é perceptível, que esteja engraçada)

Baú aberto:

Acerca de mim

A minha foto
Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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