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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Solidão II


Meus caros,

sempre me disseram que existem vários tipos de solidão. A solidão por escolha própria, a solidão por abandono, a solidão por necessidade, a solidão por mera estupidez humana, enfim... Várias razões existem para que nos sintamos sós.
No entanto, creio que a solidão é nada mais que uma ferramenta para que possamos possuir essa tão estimada característica apelidada de: sanidade mental. A mim faz-me falta estar estar sozinha, faz-me falta ter este meu pequeno mundo onde soluciono as mais estranhas questões com que frequentemente me deparo. Estar acompanhado é bonito, verdade. Mas se estivermos permanentemente acompanhados será que conseguimos ser totalmente sãos? Não creio. Apesar de jovem, tenho aprendido que a companhia de muitas e diferentes pessoas me sabe bem, me tranquiliza e, principalmente!: me faz aprender imenso. É pela observação de seres diferentes (e o homem e a mulher aqui são seres EXTRAORDINARIAMENTE diferentes) que aprendo a construir um eu melhor, um eu mais maduro, um eu construído com retalhos de várias caras, feitios e corações.
Contudo, a possibilidade deste meu eu tão peculiar deve-se somente à solidão que me permito praticar. À solidão que me permite repousar em mim e agarrar todos os bocados de mundo que dou a conhecer e vice-versa. É nesta tão boa solidão que me desnudo e me apresento a mim própria, despida de medos, de choros, de tristezas, de alegrias, de batalhas e guerras já passadas...
E enfrento novas, todos os dias. É esta minha solidão que me permite absorver bocados de mundo e de mim para mais tarde os juntar e, criar (bem, creio eu), esta Rita, que sou eu.

Lamento se o texto parecer confuso mas estou doente, tenho a cabeça a mil e tinha saudades de escrever. Em breve novos poemas!

Rita Tavares Dias

1 comentário:

M. disse...

Solidão acompanhada. Solidão de observação. Constrói a Rita, à tua própria maneira, mas nunca te esqueças que variedade nem sempre significa qualidade. Believe me, I should know...

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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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