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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Poemas Fernando Pessoa 1915-1917

Análogo


Não há a capela
Mas há a paz de crer-te
Só, rezando nela,
E eu sonhar-te é ver-te...

Nada disto é certo...
Sorris
E pairam perto
Nuvens de perfis...

Todos desconheço
A todos amo...
Na bruma me esqueço
E por mim chamo...

Mas cessou o canto
Que me fez sonhar
Este encanto...
Deixa-me não te achar...


1 comentário:

axadresado disse...

muito giro este teu blog.
parabens
bjs

Baú aberto:

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Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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