Seguidores

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Time's nothing... ?

It's time to be a big girl now and big girls don't cry.
The path I'm walking, I must go alone.
I need to be with myself instead of calamity... Peace and serenity.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Natureza


Espelho que quebra com um simples toque.

Água que espelha fragilidades, com cor de vida...

Forte? Fraca? Indefinida.

Espectador da morte e da vida, que envolve, cria, transforma... Assiste.

Um fechar de olhos em que sequenciamos sol, chuva, lua, nevar, experimentamos o frio, sorrimos ao calor... Um fechar de olhos que dura um segundo.

Em que se nasce. Se vive. Se revive. Se assiste. Se morre... Mais uma vez, se transforma. Se nasce, se vive, revive, assiste, cria... Morre.

Estamos envolvidos. Nela, Natureza... No mistério.


A nossa natureza, a do outro, a do que está ou do que já partiu.

A Natureza permanece, a Natureza... Assiste.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Quase


Ontem quase matei, hoje mal vivi.

Ontem quase ajudei, hoje mal me levantei.

O poder diz, "Faço tudo, povo, por ti"

Ontem quase me convenci, hoje bem me enganei.


Hoje quase sei que não faço sentido.

Ontem mal sabia que hoje ia piorar.

Hoje quase esqueci que me tinha mentido.

Ontem mal sabia que me ia enganar.


Nada do que aqui vos escrevo parecerá ter nexo. Mas tem.

Ontem quase tinha.

Hoje já tem.




sexta-feira, 19 de outubro de 2007

WHAT IS PAINTING


"I make a pact with you. Walt Whitman -
I have detested you long enough.
I come to you as a grown child
Who has had a pig-headed father;
I am old enough now to make friends.
It was you that broke the new wood,
Now is a time for carving.
We have one sap and one root -
Let there be commerce between us."
Ezra Pound. Selected Poems 1908-1959. London: Faber, 1975.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Um zul feito de cinzento escuro

Hoje parei para pensar e percebi que o que pensei já eu tinha tantas vezes pensado... Mas mesmo assim soube-me diferente. Por esta altura achei que me iria encontrar cheia de sonhos e expectativas, cheia de entusiasmo e força para vencer. A verdade é que tenho tantas razões para poder despertar esse sentimento... Mas não sei onde encontrar a vontade.

Há muito tempo que não me sentia assim, fraca, sem vontade, pronta a ceder, melodramática, sempre com exageros, o que for. Mas é como me sinto... Sem forças.

"E se um dia eu disser que já não quero estar aqui?..."

Somehow, someday...

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - Consegui. Finalmente consegui.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Dar é SER.




Se eu morresse hoje

Ao ouvir "Jonh Mayer - Quiet", cada vez mais tenho a certeza que (definitivamente, tenho a certeza) não consigo encontar o silêncio dentro de mim. Nesta altura da minha vida está tudo virado ao contrário...
É uma constante luta de sentimentos, um constante esforço para saber dominar e controlar tudo o que faz parte de mim, do que sou e do que quero ser. Por um lado vejo o passado que não devia ter sido assim (mas que, por 'mea culpa', já está escrito) e devia ter sido assado. Abdiquei, por vezes, do que gosto, de quem sou, de quem me faz falta ser... Para viver outra personagem que não a minha. Deixei-me cair nas patetices do amor que dura, do amor que quer... Do amor, que afinal, nunca esteve. E foi assim que aprendi que as coisas boas não duram sempre, que me iludi, que cirei o mundo em que quis acreditar mas cujos alicerces sempre tão oníricos depressa se desfizeram. E aqui estou hoje, sozinha, mais que nunca! Rodeada por um vazio com o qual não sei lidar e que tão depressa me assusta como me fascina...
A minha irmã diz que estou insuportável, mal-educada. Eu pergunto-me: porquê?
Como é que cheguei a um ponto em que não tenho controlo sobre quem sou e deixei de me conhecer por completo?

O mundo está de pernas para o ar.

(...)

De qualquer forma, se morresse hoje não morria feliz porque os que mais amo não estão felizes. Se morresse hoje não morria satisfeita nem com o sabor de me ter esforçado. É por isso que vou demorar a morte, pelo menos por enquanto...

Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe.



No thoughts at all


Os olhos dela querem fechar-se, querem o sempre.

O peito está inchado, não sabe sequer o que precisa de libertar...

A culpa é da mente. Da perdição.

E não há ninguém para culpar.


A voz que faz tremer o mundo é tão somente a dela...

Os fantasmas do futuro assombram-na a toda a hora, a todo o dia.

Perdeu a coragem e a vontade. E junta foi a ambição, aquela dura lutadora que persegue os sonhos até os poder sentir.


Ela vai-se perdendo, aos poucos, do mundo, de casa, dela própria...

Prefere ser espectadora do que personagem principal.


Não terá trocado os papeís?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

"Sou caipira pira pora nossa..."

"É de sonho e de pó
Um destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos sob o meu cavalo.

(...)

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida à custa de aventuras.

Descasei, joguei, investi, desisti... Se há sorte, eu não sei, nunca vi."

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

"A fantasia é morna e doce e apetece soltá-la, a voar no mundo..."


Hoje é mais uma daquelas noites banais, aquelas noites que se tornaram iguais a tantas outras. Hoje é daquelas noites em que me apetece apenas saber como sossegar, conseguir estar no meu silêncio, domar o que penso, sentir com calma, sem esta raiva que ultimamente me assombra.
Há pouco tempo descobri que gosto do hábito... Porque me deixei acompanhar por ele, moldei-me ao seu feitio, deixei que ele fizesse parte grande de mim.
Se não me zangasse contigo tantas vezes... Poucas seriam as vezes em que regressaríamos loucos ao encontro um do outro.
Se não te tivesse aí longe (sim, outra cidade no que se refere a ti é longe...) não saberia como saborear todos os bocadinhos que passo ao teu lado.
Se não a provocasse tanto não ouviria as palavras queridas que tem para me dizer quando me responde e ao mesmo tempo, num jeito tão próprio, me conforta.
Se a vida não estivesse como está talvez fosse mais feliz, é um facto. Mas tenho feito o que posso para que mude, tenho mudado bocadinhos de mim aos poucos, tenho tentado reconstruir um "eu" de quem tanta falta sinto.
Mudei principios, mudei ideías, mudei a vida, mudei-me a mim. Deixei-me encostar, fui vendo as coisas passarem, não dei por elas e ao mesmo tempo permiti que acontecessem. Errei, fui perdoada, castigada, ofendida. Fui magoada, castiguei, ofendi e perdoei...
Neste momento não sei se o que fiz está bem, se podia ter sido de outra maneira: se podia.
Porque dever não devia: não estaria a ser eu própria. Os anos passaram, uns mais depressa que os outros, e deixei fugir tanta coisa: coisas simples! Deixei fugir ver crescer alguém que tanto estimo, deixei fugir amigos, deixei fugir atitudes, deixei fugir momentos (aqueles tão patéticos mas que tanto bem fazem).

E é hoje que me encontro comigo, cansada de quem tenho sido, desejosa de conseguir ser outra, melhor, mais calma, a agir de acordo com o que penso e não com o que sinto. Percebi que ser emotiva não me traz nada, senão orgulho. E o orgulho pode doer tanto...

Despeço-me com um "até já". Ou até qualquer dia.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Há dias que marcam a vida e a alma da gente.


"Eu choro-te moça perdida, gritava a cidade."

"E enquanto a chuva me chorava, tu deixaste-te ir, nesse teu jeito tão próprio de conseguir esquecer todos os adeus, deixando ficar sempre um "até já". Dizes sempre que não queres mais, que já não aguentas, mas acabas por voltar. E é por voltares que eu não consigo aprender, me deixo ficar neste hábito de te querer e não-querer, de saber mas fingir que não sei, de te odiar e tanto te querer ao mesmo tempo. Houve juras, promessas, cantares de infinito, palavras ditas e escritas, olhares tão intensos, momentos tão meus e tão teus, houve perdão, saudade e adeus... E depois do adeus, outro adeus, e outro e outro... Um adeus viciado na volta, na rotina, no retorno. Mas às vezes uma só palavra magoa-me mais que mil actos teus e isso já devias saber. E é por isso que me vou despedir, sabendo que gostava de ter a certeza que o teu 'adeus' voltará, mas esperançosa que saibas ir sem voltar, que as tuas palavras sejam as últimas, cansada de me sentir assim. Prefiro ser solitária a ter que viver outra vida que não a minha (...)"

Baú aberto:

Acerca de mim

A minha foto
Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

A visitar