Seguidores

terça-feira, 21 de novembro de 2006


SONHAR

Andei a rever as minhas recentes compras e deparei me com um livro que transmite uma excelente idéia: "O poder dos Sonhos". Porque não há melhor verdade que a de António Gedeão, "Cada vez que o Homem sonha, o Mundo pula e avança."

Aqui deixo um excerto(zinho) do livro de Luís Sepúlveda:

"(...) Naquele tempo eu era um jovem cheio de sonhos. (...) Alguns desses sonhos eram heróicos, de longo alcance, outros eram menores, porventura mais domésticos, mais humildes, mais chilenos. Um deles consistia em arranjar a cópia de uma chave daquele velho casarão, a da Secção Infantil da Biblioteca Nacional, entrar sub-repticiamente e passar um fim de semana sem mais companhia para além dos livros. (...)
Sonhava que todos aqueles livros aprisionados queriam falar, que esperavam o interlocutor certo, e que esse era eu. Sonhava que os livros me falavam na sua linguagem silenciosa, me mostravam cada uma e todas as palavras impressas nas suas páginas e exigiam de mim uma promessa: a de me transformar no fiel depositário, no zelador, no amoroso protector das palavras. (...) Nunca é fácil ver um sonho realizado. (...)

NOTA: Creio que não há sonho mais belo do que o de que um Mundo onde o pilar fundamental da existência seja a fraternidade, onde as relações humanas sejam sustentadas pela solidariedade, um mundo onde todos compartilhemos da necessidade de justiça social e actuemos com coerência. Os meus sonhos são irrenunciáveis, indomáveis, pertinazes, resistentes e desafiam o horror do pesadelo ditatorial. A defesa desses sonhos tem a ver com o velho debate entre o belo e o horrendo, entre o bem e o mal, no seu sentido mais pleno e intenso. (...)

2 comentários:

Cate disse...

'tou a gostar dos teus posts!

Ticota disse...

Querida Rita, porque é que o teu post foi ilustrado com uma foto minha do tempo em que eu ainda era pequenina e tinha sonhos?

Baú aberto:

Acerca de mim

A minha foto
Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

A visitar