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quarta-feira, 16 de maio de 2007

Introspecção

« Tenho a estranha sensação de que todos à minha volta me acham um todo que nada é ; olham para mim mas só vêem roupa, cabelo, expressão... Em nada de mau sou diferente: tenho os mesmos sonhos. Sonhos pequenos e sonhos altos. Eu mascaro-me porque vivo de ser inconstante. Este meio em que me vejo crescer é toda uma elite de pretensões, ilusões e mimalhice. Consigo ser a ponta triste da cidade - envolta em ruído, faces tristes, idosos sem esperança, uma mesa sem pão e água, crianças que aprendem a lei da rua, a quem os sonhos são destruídos.
Consigo ser a ponta snob: poluição dos que recebem por parecer bem, paz de vida recheada de materiais, luxos, requintes... Que oposição!
Eu sou o ponto médio: um fonâmbulo que quer somente o equilíbrio.
Aquilo que somos é o que algum dia os nossos serão? Claro está.
Hm... Hmmm... Ah!.. Talvez uns bons anos até atingirmos a medida exacta da perfeita coexistência.
Talvez...»

Baú aberto:

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Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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