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sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

O cheiro

Há uns tempos entrei numa loja de quadros, aquelas lojas que reparam quadros antigos e emolduram. Quando entrei, senti-me noutro lugar, fora de tudo. Senti um agradável cheirinho a antigo, aquele cheiro da madeira que convida a uma tarde inteira a olhar para quadros que não sabemos o significado mas que nos dá prazer observá-los. Eu fiz isso. Ia buscar uma moldura antiga, um pouco esquecida já, e dei por mim a passear dentro de uma minúscula lojinha, cheia de histórias. Ficou-me na memória um quadro, uma tela com uma senhora (extraordinariamente bem desenhada) ; tinha um rosto branquinho, uns olhos esbugalhados e sorria como se nada fosse. Sorria como se ali estivesse para me dizer que o "o mau já passou". Fiquei fascinada. E depois aquele cheirinho... Não há igual.

1 comentário:

Anónimo disse...

eu sei esse cheiro :)

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Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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