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domingo, 20 de janeiro de 2008

Pura Imperfeição





Há 7 dias quando eu te vi

Tu ias tão dengosa e arrogante

Do alto de teu nariz

Disseste que sou pouco importante

E é sempre assim

Tu dás-me a volta e eu volto

Ao princípio do meu fim

E se insistires na tua pose

Tu tem coidado - Deus não dorme!

Um dia vais cair do pedestal

Então eu vou pisar

E rir-me no final

Dá-me a tua mão e eu dou-te a minha

A nossa relação já não caminha

Chegou a hora de assumir um frente-a-frente

Trocar olho por olho

Trocar dente por dente

Bem sabes que a inquisição

É algo do passado, é pura imperfeição

Não me queiras devoto à tua vida

Não és um bom exemplo

Nem deusa nem diva


E é sempre assim, tu dás-me a volta e eu volto ao principio do meu fim...

sábado, 19 de janeiro de 2008

Terá chegado?

Talvez seja tempo de dizer 'não quero mais, desculpa'.
Talvez seja tempo de esquecer e tentar coisas novas, tempo de arriscar?
Mas como? Talvez seja tempo de apagar tudo, recomeçar, procurar...
Será? É sempre assim, "tu dás-me a volta e eu volto ao príncipio do meu fim."

"Um dia vais cair do pedestal, e então vou pisar e rir-me no final."

Pura Imperfeição.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Penso, Logo Existo


"René Descartes fez da dúvida a única via de acesso ao conhecimento, e foi ao lutar contra o carácter ilusório das aparências que afirmou ter descoberto como a existência do seu pensamento era uma verdade insofismável.

O seu ponto de aprtida foi o ancestral problema epistemológico de saber como poderemos ter a certeza de conhecer a verdade, ou seja, de como nos é possível distinguir o verdadeiro do falso. "Suponhamos", diz ele, "a existência de um génio maligno que dedica todo o seu engenho a enganar-me". Dessa forma, é possível que "nada no mundo seja digno de certeza", excepto que "sem dúvida, eu existo mesmo quando ele me tenta enganarm e, por mais que ele empenhe todas as suas forças nessa tarefa, nunca será capaz de me transformar em nada enquanto eu continuar a pensar que sou alguma coisa".


"Mas então o que sou eu? Uma coisa que pensa. E o que é uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida, compreende, concebe, afirma, nega, deseja e recusa, mas que também imagina e sente."
In: "Ideías que mudaram o Mundo", Felipe Fernández- Armesto





segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Post nº 100: a vida vai torta?

"A vida vai torta
Jamais se endireita
O azar persegue
Esconde-se à espreita
Nunca dei um passo
Que fosse o correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo
E enquanto esperavas
No fundo da rua
Pensava em ti
E em que sorte era a tua
Quero-te tanto! Quero-te Tanto!

De modo que a vida
É um circo de feras
E os entretantos
Sao as minhas esperas
Nunca dei um passo
Que fosse o correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo!"

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Vitória da Vida


A casa que a família Saudade vem a habitar foi construída com traços de vidas. As paredes são feitas de esperança; as janelas contornadas por liberdade; o chão calcetado com insegurança e as portas pormenorizadamente trabalhadas a fé. Toda ela apresenta quadros com a temática do desgosto, dos erros, dos sorrisos e das conquistas. O amor deles é incessante, feroz, magoa mas perdoa, fere mas sara, é ausente mas regressa.

Vidas unidas em separação, dá para acreditar?

To be continued...

5/06/2006, Rita.


domingo, 6 de janeiro de 2008


You should have listened
There was someone here inside
Someone I thought had died So long ago
Oh I'm screaming out
And my dreams will be heard
They will not be pushed Aside or turned

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

"Yes, I am a soldier and I'm seeking the truth"











Those who never fail are those who never try


'Com a ditadura do regime

A ascensão é da burguesia

Quando o povo peca por se exprime

Salazar condena como ousadia


A história que vos conto

É duma tristeza enorme

Depois de Abril nada me afronta

Já não me espera a morte


Foi no mês da União

Que os militares se uniram

Juntos deram voz

Ao que muitos pediam


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É no silêncio do meu lar

O úniclo lugar em que consigo pensar

Ao ler um velho amigo

Ponho-me a questionar!


Estarei parado num hiato temporal em que nunca estive presente e muito menos o vivi? Pessoa tinha um génio e M. Sá Carneiro génio tinha. Mas quem definiu o que é um génio? Serei parvo por apreciar cada som do que escrevo? As palavras são como melodias e as notas que toco ninguém as entende... Triste destino.


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Portugal muits anos atrás

Partiu para os Descobrimentos

Pensava "um dia herói serás"

Mal sabia o sofrimento


Chegado ao séc. XX

Com uma noticia se deparou

Perdemos todo o requinte

Dum povo que já lutou


Oh! povo que tanto sofre

Aqui e na guerra colonial

Querem terras com alma de enxofre?

Querem humanos pintados de mal?


A consciência demitiu-se

A opressão a fez calar!

Guardaram o «saber» num cofre

Para que não o possam despertar


Volto agora ao princípio

Da história que quero contar

Foi um senhor que ao fim deu início

Com a injustiça a reinar


Era um vez um país que vivia à beira-mar

Um dia foi obrigado a viver na solidão

"Orgulhosamente sós", já dizia Salazar

Ele era absoluto, do povo se fez patrão


Foi num dia de reflexão

Que se pôs o povo a pensar

Se somos todos uma Nação

Porque nos privam de falar?


"A miséria em nós vivida

A tristeza que nos acompanha

Não é de todo merecida

Porque quem trabalha ganha"


O pensamento uniu-se num só

A força em bons capitães

Lutavam com fé os filhos

Vigiados pelas preces das mães


"Nós mulheres dos soldados

Que nesta terra vivemos

Fazemos trabalhos forçados

Esta sina não merecemos


Somos mães, filhas e avós

Andamos de braço dado

Nesta luta não estão sós

A fé está lado a lado!"


nota: inacabado.

Baú aberto:

Acerca de mim

A minha foto
Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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