"René Descartes fez da dúvida a única via de acesso ao conhecimento, e foi ao lutar contra o carácter ilusório das aparências que afirmou ter descoberto como a existência do seu pensamento era uma verdade insofismável.
O seu ponto de aprtida foi o ancestral problema epistemológico de saber como poderemos ter a certeza de conhecer a verdade, ou seja, de como nos é possível distinguir o verdadeiro do falso. "Suponhamos", diz ele, "a existência de um génio maligno que dedica todo o seu engenho a enganar-me". Dessa forma, é possível que "nada no mundo seja digno de certeza", excepto que "sem dúvida, eu existo mesmo quando ele me tenta enganarm e, por mais que ele empenhe todas as suas forças nessa tarefa, nunca será capaz de me transformar em nada enquanto eu continuar a pensar que sou alguma coisa".
"Mas então o que sou eu? Uma coisa que pensa. E o que é uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida, compreende, concebe, afirma, nega, deseja e recusa, mas que também imagina e sente."
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