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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Those who never fail are those who never try


'Com a ditadura do regime

A ascensão é da burguesia

Quando o povo peca por se exprime

Salazar condena como ousadia


A história que vos conto

É duma tristeza enorme

Depois de Abril nada me afronta

Já não me espera a morte


Foi no mês da União

Que os militares se uniram

Juntos deram voz

Ao que muitos pediam


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É no silêncio do meu lar

O úniclo lugar em que consigo pensar

Ao ler um velho amigo

Ponho-me a questionar!


Estarei parado num hiato temporal em que nunca estive presente e muito menos o vivi? Pessoa tinha um génio e M. Sá Carneiro génio tinha. Mas quem definiu o que é um génio? Serei parvo por apreciar cada som do que escrevo? As palavras são como melodias e as notas que toco ninguém as entende... Triste destino.


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Portugal muits anos atrás

Partiu para os Descobrimentos

Pensava "um dia herói serás"

Mal sabia o sofrimento


Chegado ao séc. XX

Com uma noticia se deparou

Perdemos todo o requinte

Dum povo que já lutou


Oh! povo que tanto sofre

Aqui e na guerra colonial

Querem terras com alma de enxofre?

Querem humanos pintados de mal?


A consciência demitiu-se

A opressão a fez calar!

Guardaram o «saber» num cofre

Para que não o possam despertar


Volto agora ao princípio

Da história que quero contar

Foi um senhor que ao fim deu início

Com a injustiça a reinar


Era um vez um país que vivia à beira-mar

Um dia foi obrigado a viver na solidão

"Orgulhosamente sós", já dizia Salazar

Ele era absoluto, do povo se fez patrão


Foi num dia de reflexão

Que se pôs o povo a pensar

Se somos todos uma Nação

Porque nos privam de falar?


"A miséria em nós vivida

A tristeza que nos acompanha

Não é de todo merecida

Porque quem trabalha ganha"


O pensamento uniu-se num só

A força em bons capitães

Lutavam com fé os filhos

Vigiados pelas preces das mães


"Nós mulheres dos soldados

Que nesta terra vivemos

Fazemos trabalhos forçados

Esta sina não merecemos


Somos mães, filhas e avós

Andamos de braço dado

Nesta luta não estão sós

A fé está lado a lado!"


nota: inacabado.

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Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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