"Você não me conhece.
Eu tenho de gritar isso porque você tá surdo e não me ouve. A sedução me escraviza a você. Ao fim de tudo você permanece comigo mas preso ao que eu criei.. não a mim. E quanto mais falo sobre a verdade inteira, um abismo maior nos separa.
A mentira da aparência do que eu sou e a mentira da aparência do que você é, porque eu não sou o meu nome e você não é ninguém.
O jogo perigoso que eu pratico aqui? Ele busca chegar ao limite possível de aproximação.. Através da aceitação da distãncia e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia. Que nos separa.
Eu quero que você me veja nua. Eu me dispo da notícia. Que a minha nudez parada te denuncie e te espelhe.
Eu me delato, tu me relatas. Eu nos acuso e confesso, por nós, assim me livro das palavras com as quais você me veste..."